9 de outubro de 2025 Israel e Hamas aceitam 1ª fase do plano de Trump para Gaza Após meses de impasse, Israel e o Hamas chegaram a um acordo para a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos — um avanço há muito aguardado que pode abrir caminho para o fim da guerra de dois anos na Faixa de Gaza. O presidente Donald Trump, que atuou como mediador do entendimento, anunciou o acordo em suas redes sociais, afirmando que ambas as partes aceitaram a primeira fase de seu plano, que inclui a retirada das tropas israelenses até uma linha previamente acordada. Catar, que participou das negociações, e o próprio Hamas também confirmaram, em comunicados separados, que o acordo permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Os detalhes do pacto ainda não foram divulgados, incluindo o cronograma e os termos exatos da troca, além da localização precisa da linha de retirada. "Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América. Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para tornar este evento histórico e sem precedentes possível", declarou Trump em sua plataforma Truth Social. (New York Times) Horas depois da postagem de Trump, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que convocará o gabinete de governo ainda hoje para aprovar o acordo de cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns. "Um grande dia para Israel. Amanhã convocarei o governo para aprovar o acordo e trazer todos os nossos preciosos reféns de volta para casa", escreveu no X. A votação do acordo está prevista para o meio-dia (hora de Brasília). (Haaretz) A expectativa é de que o cessar-fogo tenha início ainda hoje. Assim que as batalhas forem suspensas, o Hamas poderá recolher os corpos dos reféns mortos para que sejam devolvidos a Israel posteriormente. Atualmente, 48 reféns permanecem em Gaza, dos quais 20 são considerados vivos, de acordo com as informações repassadas às partes envolvidas. De acordo com esses negociadores, há a expectativa de que os reféns que ainda estão vivos possam voltar a Israel neste próximo sábado ou domingo. Haveria uma chance remota de que alguns deles possam ser libertados ainda hoje. (Times of Israel) Enquanto cidadãos israelenses foram às ruas comemorar o anúncio do acordo e a expectativa de libertação dos reféns, o líder da oposição Yair Lapid defendeu que Trump receba o Nobel da Paz, que vai ser anunciado na sexta-feira. "Não há ninguém que mereça tanto esse prêmio e a gratidão eterna do povo de Israel", disse. (Times of Israel) O governo israelense, no entanto, avalia que o Hamas pode não conseguir encontrar e devolver todos os corpos dos reféns mortos em Gaza. As autoridades israelenses acreditam que o grupo palestino não sabe a localização exata ou não tem meios para recuperar os restos mortais de parte dos 28 reféns mortos que permanecem em Gaza. A estimativa é de que o número de corpos desaparecidos varia entre 7 e 15. As estimativas se baseiam em relatórios de inteligência israelense e em mensagens trocadas com o Hamas e mediadores internacionais durante sucessivas rodadas de negociação. (CNN) A maré de boas notícias para o governo chegou ao fim com gosto amargo. Mesmo depois de ter cedido em praticamente todas as exigências do Congresso, o Planalto sofreu uma derrota acachapante ao não conseguir aprovar o texto da medida provisória que ampliava o IOF. A MP, que caducava nesta quarta-feira, teve 251 votos contra e 193 a favor. O governo até aceitou manter a isenção para títulos ligados ao agronegócio e ao setor imobiliário, mas insistia em alterar a taxação das fintechs — talvez o setor mais beneficiado com o fim da validade da MP. Enquanto a Faria Lima comemorava, o governo lamentava a derrota. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, passou o dia no Congresso tentando reverter a iminente derrota. "Hoje ficou claro que a pequena parcela muito rica do país não admite que seus privilégios sejam tocados. Não querem pagar impostos como a maioria dos cidadãos", disse ela. Mais cedo, já prevendo a derrota na Câmara, o presidente Lula classificou o fim da validade da MP como uma "pobreza de espírito" do Congresso. (g1) Confira como votou cada deputado. (UOL) Além da derrota política incontestável, a rejeição da MP vai ampliar o rombo nas contas públicas em 2026. A expectativa do governo era de que o texto, mesmo com as isenções às Letras e Certificados de Recebíveis do Agronegócio e do setor imobiliário, aumentasse a arrecadação em R$ 17 bilhões no próximo ano. Sem essa receita, o corpo técnico da Fazenda foi instruído a buscar saídas para compensar as perdas. Uma das opções é a edição de uma nova medida provisória ou o uso de portarias e instruções conjuntas para manter parte das medidas que não dependem de aprovação do Congresso. (CNN Brasil) Com a derrubada da MP já dada como certa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a pasta não tem planos de realizar alterações na meta fiscal, que prevê um déficit máximo de até R$ 31 bilhões. Para o próximo ano, o governo esperava, com a ajuda da MP derrubada na Câmara, atingir um superávit de 0,25% do PIB, o equivalente a R$ 34 bilhões. "Continuaremos perseguindo os mesmos objetivos", disse Haddad. (Folha) Malu Gaspar: "Independentemente do diagnóstico para a rejeição da MP, não há dúvida de que as bets saíram ganhando. O Tigrinho permanece firme e forte. Hoje, não há páreo para ele em Brasília." (Globo) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno nas eleições presidenciais de 2026, mostra uma nova pesquisa de intenções de voto divulgada há pouco pela Genial/Quaest. Nos oito cenários testados para o primeiro turno, o presidente aparece à frente de todos os seus potenciais adversários. O ex-presidente Jair Bolsonaro (26%), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (21%) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (18%) são os nomes mais competitivos contra Lula no primeiro turno. Em todos os cenários de segundo turno, Lula mantém vantagem confortável. Suas intenções de voto variam entre 41% e 47%, e nenhum adversário reduz a diferença para menos de um dígito. (Meio) Meio em vídeo. Enquanto a Quaest solta a melhor pesquisa para Lula este ano, com potencial de subir, Tarcísio de Freitas se vê obrigado a gravar um vídeo no qual tem de pedir desculpas ao povo paulista. Uma coisa tem tudo a ver com a outra. A análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube) Estar bem-informado é um ato de autonomia. No Meio Premium, você tem acesso a matérias exclusivas, entrevistas e um streaming com séries e documentários originais. Seja Premium e transforme como você lê o mundo. Viver A crise das contaminações por metanol levou o Ministério da Justiça a determinar a suspensão da venda de destilados nas principais plataformas de comércio eletrônico. O Ministério notificou as plataformas Shopee, Enjoei, Mercado Livre, Amazon Brasil, Magazine Luiza, Casas Bahia, Americanas, Zé Delivery e Carrefour para que suspendam a venda de bebidas destiladas em seus sites e aplicativos. A determinação inclui a retirada temporária de anúncios e produtos e a revisão dos mecanismos internos de controle. As empresas também devem retirar os anúncios de lacres, tampas, selos e garrafas não colecionáveis, itens frequentemente usados em esquemas de falsificação de bebidas e vendidos livremente na internet. As plataformas terão 24 horas, a partir da notificação, para se adequar. (Globo) O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo afirma que o metanol encontrado em bebidas apreendidas no estado foi adicionado, não sendo resultado do processo natural de destilação. De acordo com o último balanço divulgado na terça-feira pelo governo estadual, o total de casos confirmados de intoxicação chegou a 18, incluindo três mortes, e outros 158 estão em investigação, entre eles, sete óbitos. (Metrópoles) Pela primeira vez na história, uma passagem secreta utilizada por imperadores romanos para entrar no Coliseu está sendo aberta ao público. Chamada de Cômodo, em homenagem ao imperador de mesmo nome retratado no filme Gladiador, a passagem permitia que o soberano assistisse aos espetáculos na arena sem se misturar à multidão. Ela foi escavada nas fundações do Coliseu entre o final do século 1º e o início do século 2º, em um acréscimo ao projeto original, sendo descoberta apenas no século 19. (g1) Panelinha no Meio. Sobrou aquela fatia bonita de picanha assada? Vamos pegar um pouco de espaguete e ovos e criar algo diferente, um macarrão a cavalo. Cultura Já se vão mais de quatro décadas desde que a Disney mandou um homem para dentro de um computador no hoje clássico Tron, de 1982. Após uma continuação/reboot meio mais ou menos em 2010, o estúdio retoma esse universo fazendo o caminho inverso e trazendo os personagens e as engenhocas digitais para o mundo real em Tron: Ares, destaques nas estreias desta quinta-feira. Temos ainda dramas comportamentais e apocalípticos e uma comédia com Ingrid Guimarães. Confira todas as estreias e veja os trailers no site do Meio. Mais importante reconhecimento literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões deste ano foi para a poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares. Doutora em antropologia pela Universidade Nova e professora da Universidade Católica, ambas de Lisboa, a autora de 72 anos transita por diversos gêneros, com livros como Ritos de Passagem, O Lago da Lua e Um Rio Preso nas Mãos. O júri, formado por acadêmicos de Brasil, Portugal, Angola e Moçambique, destacou a "fecunda e coerente trajetória de criação estética" e o "resgate de dignidade da Poesia" em sua obra. Ela receberá um prêmio de 100 mil euros concedido pelos governos brasileiro e português. (Folha) O novo álbum de Taylor Swift, The Life of a Showgirl (Spotify), bateu o recorde de vendas para uma primeira semana. A Billboard informou nesta quarta-feira que o disco ultrapassou 3,5 milhões de unidades equivalentes, representando o consumo tanto em vendas quanto em streaming nos primeiros cinco dias de lançamento. Até então, a maior marca era de Adele, com 25, que alcançou 3,482 milhões de unidades na parada de dezembro de 2015. Os números representam o consumo de álbuns desde 1991, quando a Soundscan começou a manter registros semanais confiáveis. (Variety) Cotidiano Digital Se as ligações mudas já eram um incômodo, hoje elas podem ser também uma ameaça real. Muitos criminosos telefonam para vítimas para clonar a voz de quem atende, por meio de inteligência artificial. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, após a captura do áudio, é feita uma simulação com a voz, para a utilizar em golpes de engenharia social. A clonagem pode ser feita com apenas alguns segundos de gravação. Para se proteger, especialistas recomendam não responder a chamadas silenciosas, ativar filtros para números desconhecidos e restringir o compartilhamento de áudios e vídeos públicos nas redes. (UOL) O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pretende negociar diretamente com as big techs as regras que o setor deve seguir no Brasil. Em entrevista, o conselheiro da autarquia Victor Oliveira Fernandes afirmou que, se aprovado o projeto de lei 4675/25, o órgão abrirá diálogo com cada grupo econômico para definir obrigações específicas, em vez de adotar uma regulação automática. A proposta segue um modelo mais flexível, inspirado em experiências como a do Reino Unido, e marca uma tentativa do país de criar uma regulação própria. (UOL) O Google lançou um novo recurso para o Gemini CLI, sua ferramenta de linha de comando com inteligência artificial, que agora permite integração com extensões criadas por terceiros. Chamada de Extensões Gemini CLI, a novidade inaugura um ecossistema aberto no qual empresas e desenvolvedores podem hospedar extensões em repositórios públicos, como o GitHub, e instalá-las manualmente, sem necessidade de aval do Google. O lançamento ocorre dois dias após a OpenAI apresentar integração de aplicativos com o ChatGPT, que seguem uma lógica mais controlada de curadoria. (TechCrunch) Para ler com calma. Em Post-Europe, o filósofo Yuk Hui argumenta que vivemos a hegemonia global da lógica europeia de razão, progresso e tecnologia, mas sob o paradoxo de que a Europa perdeu o controle do próprio projeto que criou. Hui propõe que a saída não está em voltar ao passado, mas em aceitar o desabrigo e criar novos caminhos, especialmente a partir do Sul Global. (Folha) Quer ouvir o que realmente importa? O Meio tem podcasts que explicam o Brasil e o mundo — das notícias diárias às conversas sobre política, tecnologia e comportamento. Siga o Meio e escute agora, onde você quiser. |
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