Haddad e Tebet falam em corte de gastos; dólar recua

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14 de junho de 2024

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Prezadas leitoras, caros leitores —

As eleições para o Parlamento Europeu sedimentaram o avanço da representação da extrema direita no continente. Dos 720 assentos, dois grupos que unem os partidos de ultradireita, o Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) e o Identidade e Democracia (ID), obtiveram 73 e 58 assentos, respectivamente.

Na Edição de Sábado, exclusiva para assinantes premium, olhamos para esse fenômeno para entender melhor como é composta a ultradireita, quais são as diferenças ideológicas e de atuação dos principais partidos radicais e populistas no continente e quais devem ser os desdobramentos dessa ascensão nos países da União Europeia.

Também nos perguntamos: como explicar que, um século depois, a Europa e principalmente seus jovens sejam seduzidos mais uma vez pela extrema direita? Falta de memória? Não exatamente, dizem ao Meio especialistas.

E, no xadrez nacional, o presidente da Câmara, Arthur Lira, endureceu a disciplina sobre parlamentares e, ao mesmo tempo, obteve o controle da pauta sobre o aborto. De olho na sucessão, esse trunfo servirá para agradar, no momento certo, os conservadores.

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— Os editores

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Haddad e Tebet falam em corte de gastos; dólar recua

Em meio ao aumento da desconfiança do mercado em relação à política fiscal, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defenderam a intensificação da agenda de revisão e corte de gastos. Os dois se reuniram pela manhã para tratar da pauta. Haddad disse que já existe uma equipe focada na revisão de gastos, mas garantiu que haverá, a partir de agora, uma intensificação nos trabalhos, para que possa haver maior clareza na elaboração do Orçamento de 2025. E afirmou que está sendo feita uma reavaliação "ampla, geral e irrestrita das despesas do país". Além disso, disse que todas as propostas dos senadores para compensar a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores da economia serão processadas e que os Poderes vão chegar a um denominador comum rapidamente. Tebet disse haver margem para rever despesa e que o governo não quer aumentar a carga tributária. Em evento no Rio, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também engrossou o coro em favor do controle de gastos e do compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. Com isso, o dólar, que chegou a ser cotado a R$ 5,42, fechou a R$ 5,36. (Estadão)

O presidente Lula defendeu Haddad ontem, chamando-o de "extraordinário". Para ele, Haddad tentou "ajudar os empresários" com a MP da Compensação, devolvida pelo Legislativo. E disse que o debate sobre desoneração agora depende do Senado e dos empresários. E pouco antes de deixar a Suíça rumo à Itália, Lula reiterou a Jamil Chade que seu foco "é o povo". "O mercado deveria estar exigindo que o Banco Central baixasse os juros", disse. (UOL)

Depois de devolver a MP da Compensação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com líderes da Casa para propor uma série de alternativas com o objetivo de resolver a previsão de rombo nas contas públicas causado pela desoneração. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), saiu da reunião com uma lista de propostas e as levou a Haddad. Ele será o relator do projeto, cuja autoria é de Efraim Filho (União-PB). A ideia é votar a proposta em 60 dias no Senado, antes de seguir para a Câmara. (Meio)

Bruno Boghossian: "Lula cruzou um oceano antes de lançar uma boia na direção de Haddad. Foi um aceno sutil, mas capaz de dar ao ministro um voto público de confiança que parecia estar em falta nos últimos dias. A declaração do presidente foi uma solução rápida e barata para aliviar ao menos parte do desgaste. Lula pode discordar de algumas ideias de Haddad, mas decidiu fazer um gesto miúdo para indicar que os dois continuam caminhando na mesma direção". (Folha)

Vera Magalhães: "O discurso de que o governo vai propor alternativas de 'A a Z' para reduzir gastos é uma reação ao mal-estar generalizado provocado nos meios econômicos e políticos à desastrada MP. Resta saber se os ministros da equipe econômica terão o aval de Lula para essa empreitada". (Globo)

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Embora tenham integrado juntos o ministério de Lula, Flávio Dino não se declarou suspeito para relatar no Supremo Tribunal Federal o caso envolvendo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal por suspeita de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A investigação estava sob a relatoria de Rosa Weber, sucedida por Dino. Quando ainda comandava a pasta da Justiça e aguardava a sabatina no Senado, ele disse a interlocutores que alegaria suspeição. Além do fato de ambos terem integrado o governo, as investigações apontam irregularidades em emendas destinadas a municípios do Maranhão, estado que Dino governou por dois mandatos. (Globo)

Sobre o caso, Lula afirmou ontem que ainda não falou com Juscelino. Mas disse que quer ter uma "conversa franca". "Se você cometeu erro, reconheça que cometeu. Se não cometeu, brigue pela sua inocência", disse o presidente. (Globo)

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No mesmo dia em que o PSDB lançou a pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena à Prefeitura de São Paulo, o ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes e Renata Covas, mãe do ex-prefeito Bruno Covas, pediram desfiliação da legenda. Segundo fontes, o principal motivo foi a resistência do partido em apoiar a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição. Há um ano o tema é discutido no PSDB. E a entrada de Datena pode mudar o jogo na capital paulista. A última pesquisa do Datafolha indicou que ele tem 8% das intenções de voto, empatado com Tabata Amaral (PSB) e atrás de Nunes (23%) e do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) (24%). (UOL)

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Os presidentes americano, Joe Biden, e ucraniano, Volodymyr Zelenski, assinaram ontem, às margens da cúpula do G7, um pacto de segurança de 10 anos. O acordo foi anunciado como um precursor da eventual adesão da Ucrânia à Otan, com os EUA apoiando a entrada do país europeu na aliança militar ocidental. "Hoje é um dia verdadeiramente histórico", disse Zelensky. Biden afirmou que os EUA estão intensificando a pressão sobre a Rússia e que novas sanções vão perturbar Vladimir Putin. "Ele não pode nos dividir e estaremos com a Ucrânia até que prevaleça nesta guerra", disse. O acordo estabelece, entre outros pontos, que os EUA apoiarão a Ucrânia no desenvolvimento de sua força militar com treinamento, planejamento conjunto e esforços de segurança cibernética. (BBC)

Mais cedo, os EUA e as outras grandes economias anunciaram um empréstimo de cerca de US$ 50 bilhões à Ucrânia, que será reembolsado com juros e lucros dos quase US$ 300 bilhões de ativos russos congelados no Ocidente. A promessa do apoio financeiro necessário para compra de armas e reconstrução das infraestruturas danificadas surge num momento em que a Ucrânia foi forçada a vender alguns ativos estatais e a dinâmica da guerra mudou a favor da Rússia. (New York Times)

Enquanto isso... o presidente Lula negou na Suíça que defenda os interesses de Putin e afirmou que está do lado da paz. (Lula)

Esta cúpula do G7 é considerada a reunião de líderes mais fraca em anos. A maioria dos participantes está distraída por eleições ou crises internas, desiludida por anos no cargo ou agarrada desesperadamente ao poder. Dos sete, apenas a italiana Giorgia Meloni não para de vencer. Mas Meloni não lidera uma superpotência. E, no cenário internacional, há um limite para o que a Itália, a nona maior economia do mundo, pode fazer. (Politico)

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Margem Equatorial brasileira

Tony de Marco

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Neste domingo, às 18h15, tem programa novo: Diálogos com a Inteligência, produzido em parceria com a Insight Comunicação, editora da revista Insight Inteligência. Apresentado pelo cientista político e colunista do Meio Christian Lynch, traz em seu primeiro episódio uma entrevista com Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, que fala sobre os caminhos e descaminhos da gigante estatal petrolífera. Entre no canal e ative o sininho.

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Viver

Buscando um texto "mais equilibrado", o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu que a relatoria do projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio ficará a cargo de uma mulher de um partido de centro. Segundo ele, o PL não deve avançar em casos já previstos na legislação, como aborto em decorrência de estupro, risco de morte da mulher ou fetos anencéfalos, e a matéria original deve sofrer alterações até a votação do mérito. Se a lei for aprovada como está, mulheres que interromperem a gravidez após 22 semanas, mesmo que em caso de estupro, podem pegar até 20 anos de prisão. (Globo)

Caso chegue ao Senado, o texto será tratado sem pressa, disse o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por entender que o assunto é complexo e sensível, sendo necessário um amplo debate. "Uma matéria dessa natureza jamais iria direto ao plenário do Senado", disse, destacando a importância de considerar as implicações jurídicas, sociais e de saúde antes de uma possível votação. (g1)

A votação relâmpago que permitiu a tramitação com urgência do PL teve aval do PT, apesar de a legenda ser historicamente a favor da descriminalização do procedimento, conta Clarissa Oliveira. Lideranças do partido manifestaram insatisfação ao comando nacional da legenda pela falta de uma resposta firme contra o projeto. (CNN Brasil)

Meio em vídeo. Arthur Lira pautou a urgência do projeto que equipara o aborto a homicídio para garantir o apoio no Congresso para eleger seu sucessor. E Lula e Janja continuam em silêncio. Confira o que pensa Mariliz Pereira Jorge no De Tédio a Gente Não Morre. (YouTube)

E o direito ao aborto legal e seguro provocou um racha na cúpula do G7, que termina hoje na Itália. A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, integrante da direita radical, é contra a inclusão da defesa do direito no documento final do encontro. Já o presidente dos EUA, Joe Biden, diz que não assina o texto sem esse item. (Poder360)

Enquanto isso... A Suprema Corte americana rejeitou um pedido de grupos e médicos antiaborto para restringir o acesso à pílula abortiva. Por unanimidade, os juízes reverteram uma decisão de um tribunal inferior que anulou medidas da agência de saúde americana que facilitaram a prescrição e a distribuição da mifepristona, usada em mais de 60% dos procedimentos no país. Na resolução, a Corte afirma que os autores da ação não tinham legitimidade para seguir com o caso. (Folha)

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Cultura

Bruno Mars confirmou um novo show no Brasil, mas sem venda de ingressos. Os 750 pares de convites para a apresentação em São Paulo, em 1º de outubro, vão ser distribuídos por sorteio entre doadores de campanha da Ação da Cidadania para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Para concorrer, é preciso fazer uma doação pelo site até 12 de julho. A cada R$ 50 doados, o participante recebe um número para concorrer a um par de ingressos. A apresentação intimista é produzida pela Live Nation e ainda não tem local definido. Essa será a primeira performance do cantor antes de uma sequência de 14 shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. (g1)

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Em comemoração aos 80 anos de Chico Buarque, que faz aniversário no próximo dia 19, o jornalista André Simões lança, neste domingo, o livro Chico Buarque em 80 Canções, no Porão da Casa de Francisca, no centro histórico de São Paulo. O evento terá um pocket show com Romulo Fróes e Rodrigo Campos cantando canções presentes na obra, além da presença do próprio autor, e dos jornalistas Fernando de Barros e Silva e Patrícia Palumbo. O livro aborda as letras de Chico, enquanto se aprofunda nas análises sobre as composições, trazendo contexto histórico, glossário e uma discografia recheada de informações. (Folha)

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Cotidiano Digital

A Amazon anunciou uma parceria com a Vrio para disponibilizar internet de banda larga no Brasil utilizando satélites de baixa órbita, mesma tecnologia usada pela Starlink, de Elon Musk. A colaboração também vai beneficiar Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. Até o fim deste ano, a companhia pretende disponibilizar três pacotes de serviço, sendo um ultracompacto de até 100 Mbps; o padrão, de até 400 Mbps; e o empresarial que chega a 1 Gbps. O projeto deve criar uma constelação de 3.236 satélites para disponibilizar internet em todo o planeta, com metade deles sendo lançados até julho de 2026. (Poder360)

E acionistas da Tesla estão processando Musk e os membros do conselho de administração da montadora sob a alegação de que a criação do xAI, nova empresa de inteligência artificial do empresário, tornou-se uma concorrente ao desviar talentos e recursos da montadora para a nova startup, após arrecadar US$ 6 bilhões em investimentos. (TechCrunch)

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A Meta anunciou novidades para chamadas de vídeo no WhatsApp. Entre elas está o compartilhamento de tela, que passa a permitir que o usuário transmita o áudio junto com o vídeo, possibilitando uma melhor reprodução. Outro recurso apresentado é o destaque do palestrante, que faz a pessoa que está falando aparecer automaticamente na primeira tela. As videochamadas também passam a aceitar até 32 pessoas em todos os dispositivos. Antes, o aplicativo para Windows limitava a 16 pessoas, enquanto no Mac, eram oito. As novidades estarão disponíveis nas próximas semanas. (The Verge)

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Você é contra ou a favor das saidinhas? E da taxa das blusinhas? E da criminalização do aborto? Da exploração da margem equatorial? São tantas causas para defender (ou atacar) que muita gente prefere fazer a avestruz e não decidir (o que é pior, porque alguém vai decidir no seu lugar). O Meio serve para você se informar bem e tomar decisões embasadas em fatos. Vá para a rua (ou para o Instagram), mas antes assine o Meio.

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